sexta-feira, novembro 11
Exercícios em Avis
quarta-feira, novembro 2
Porque para os Católicos hoje é dia de Fiéis Defuntos.
“A morte não é nada.
Apenas passei ao outro mundo.
Eu sou eu. Tu és tu.
O que fomos um para o outro ainda o somos.
Dá-me o nome que sempre me deste.
Fala-me como sempre me falaste.
Não mudes o tom a um triste ou solene.
Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos.
Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.
Que o meu nome se pronuncie em casa
como sempre se pronunciou.
Sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra.
A vida continua significando o que significou:
continua sendo o que era.
O cordão de união não se quebrou.
Porque eu estaria for a de teus pensamentos,
apenas porque estou fora de tua vista ?
Não estou longe,
Somente estou do outro lado do caminho.
Já verás, tudo está bem.
Redescobrirás o meu coração,
e nele redescobrirás a ternura mais pura.
Seca tuas lágrimas e se me amas,
não chores mais."
"Não chores se me amas
se conheces o mistério imenso do Céu onde agora vivo
não chorarias se me amas...
Já estou no encanto de Deus de Sua beleza sem fim...
Lembra-te dos bons momentos que vivemos juntos e verás que a saudade é também presença.
Quando estiveres triste, infeliz, chama-me e eu virei ajudar-te, consolar-te e verás como é bom ter um amigo do Outro Lado.
E quando chegar também a tua vez, não chorem os que ficam, porque
não será um adeus, mas, simplesmente um até à vista e eu estarei lá, para te receber..."
quinta-feira, setembro 29
Incentivar as hortas familiares em Avis para combater a desertificação
segunda-feira, setembro 26
DARDICO: um exemplo de sucesso no sector agro-alimentar nacional
A DARDICO, S.A. é uma agro-indústria que tem como actividade o processamento, conservação e acondicionamento de produtos alimentares congelados, tendo por base a produção horto-industrial nacional. A DARDICO, S.A. trabalha com pimento, brócolos, courgette, tomate e ervilha.
A DARDICO, S.A. está localizada no parque industrial de Avis. no distrito de Portalegre, sendo a maior empregadora privada do concelho de Avis, com 110 postos de trabalho directos permanentes, que chegam aos 300 em período de pico de campanha.
A empresa faz contratos de exclusividade com os agricultores, garantindo assim o escoamento total das suas produções com um preço garantido. A empresa garante o necessário apoio técnico de acompanhamento das culturas e, em muitos casos, financia alguns custos de instalação da cultura (ex: plantas, plásticos, fundo de maneio) aos agricultores.
Notícia Completa aqui...
segunda-feira, julho 25
sexta-feira, julho 1
Mais formas de Cultura em Avis no Verão
segunda-feira, junho 6
A arte e a Cultura também visitam o Alentejo
quarta-feira, junho 1
Louvor do Aprender
Cujo tempo chegou
Nunca é tarde de mais!
Aprende o abc, não chega, mas
Aprende-o! E não te enfades!
Começa! Tens de saber tudo!
Tens de tomar a chefia!
Aprende, homem do asilo!
Aprende, homem na prisão!
Aprende, mulher na cozinha!
Aprende, sexagenária!
Tens de tomar a chefia!
Frequenta a escola, homem sem casa!
Arranja saber, homem com frio!
Faminto, pega no livro: é uma arma.
Tens de tomar a chefia.
Não te acanhes de perguntar, companheiro!
Não deixes que te metam patranhas na cabeça:
Vê c'os teus próprios olhos!
O que tu mesmo não sabes
Não o sabes.
Verifica a conta:
És tu que a pagas.
Põe o dedo em cada parcela,
Pergunta: Como aparece isto aqui?
Tens de tomar a chefia.
Bertold Brecht,
in 'Lendas, Parábolas, Crónicas, Sátiras e outros Poemas'
terça-feira, maio 31
Colégio de Avis - Década de 70
quarta-feira, maio 25
Suspeita esta notícia
segunda-feira, maio 23
Mais de 200 mil portugueses desistiram de procurar emprego
terça-feira, maio 17
Feira Franca de Avis - 2011
terça-feira, maio 10
Mais uma edição da Feira Medieval de Avis
A todos quantos queira vir a esta feira e sejam de Avis, dos arredores ou de terras mais distantes será dada garantia régia de livre circulação, desde que venham por bem e se vão em paz."
Dia 13 Maio (Sexta)
14h00 - Visitas guiadas dos moços e moças às pracetas dos contadores de histórias e desvendadores de magias, aos terreiros dos encantadores de serpentes e das bruxas endemoninhadas, às varandas dos vendedores de sonhos e de ilusões e às barracas dos trampolineiros onde actores de meia tigela representam autos e farsas e onde vagabundos sem eira nem beira contam as moedas da fortuna a esfarelarem-se em triviais poeiras de viagens no Tempo e na História, com naturais provas de destreza para os mais afoitos e interessantes jogos de habilidade para os mais destros. Oficinas de artes e ofícios para todos os gostos.
19h00 - Mercado medieval. Almocreves, bufarinheiros e mesteirais acorrem à praça a montar as suas tendas e bancas. Saltimbancos e menestréis preparam as suas actuações burlescas e jocosas.
Comeres da época e beberes da pipa nas tabernas e locandas do mercado.
Mostra de Armas.
21h00 – Bailias e folguedos nos terreiros da Praça.
22h00 – Os saltimbancos apresentam a lenda da formação de Avis.
23h00 – Concerto dos Cornalusa e dos Alibi
24h00 – Encerramento do Mercado
Dia 14 Maio (Sábado)
12h00 - Mercadores e artesãos iniciam as suas actividades de comércio.
14h00 - Arruada de gaita de foles, tambores e timbalões pelas ruas do Burgo e Auto de Abertura do Mercado.
Há bênção e oração devota.
15h00 – Cortejo Régio pelas ruas do Burgo. D. João I assiste à representação, pelos jograis de Avis, da História da Ordem. Aclamação dos Cavaleiros e discurso de exortação.
16h00 - Festejos e folguedos, bailais e folias de saltimbancos e histriões.
17h00 – Torneio de armas a cavalo e adubamento de cavaleiros.
18h00 – Bailias e Folias nos Pátios do Castelo com a Ludoteca Municipal de Avis.
19h00 – Um ataque à vila por uma mesnada de castelhanos.
20h00 - Comeres da caça, viandas e beberes nas tabernas do mercado.
21h00 – Teatro “A Farsa de Inês Pereira”, pelo Grupo de Teatro Fazigual.
23h00 – Representação de malabares de fogo: os Guardiões do Tesouro.
24h00 – Encerramento do Mercado.
Dia 15 Maio (Domingo)
12h00 - Mercadores e artesãos iniciam as suas actividades de comércio.
14h00 - Arruada de gaita de foles, tambores e timbalões pelas ruas do Burgo e visita do Almotacem e do homem da Vara às tendas dos mercadores. Há bênção e oração devota.
15h00 – Torneio de Arco.
16h00 – Cortejo Régio pelas ruas do burgo.
17h00 – Dramatização da Lenda da Moura da Figueira, pelas crianças da Ludoteca Municipal de Figueira e Barros.
17h30 - Bailias e Folias nos Pátios do Castelo com as Ludotecas Municipais de Alcórrego, Aldeia Velha, Benavila, Ervedal, Figueira e Barros.
18h00 – Torneio de Armas a Cavalo em preito a D. João I.
19h00 – Comeres e beberes de antanho nas tabernas do Burgo.
20h00 - Assalto ao burgo por castelhanos heréticos seguidores do Papa de Avinhão. Sua prisão e castigo público.
21h00 - Auto de encerramento da Feira e lavagem dos cestos e almotolias.
segunda-feira, abril 18
Ele há gente para tudo
Num tribunal de primeira instância de Bruxelas serão hoje decididas as datas para o julgamento do caso "Tintin no Congo", cujo teor é considerado racista por um cidadão congolês residente na capital belga.
in... notícias.sapo.pt
Ele há gente para tudo... espero que não meta em tribunal o Islão, o Vaticano e demais religiões pois todas elas nos seus livros sagrados contêm mensagens que se poderão declarar racistas...
Pronto lá tem as suas razões pois se assim não fosse os tribunais não tinham razão de existir, se bem que considero que poderia em África e pelo mundo saciar a fome a muita gente com as expensas de tribunal, mas são opções!
sexta-feira, abril 15
quarta-feira, abril 13
Rastreios em Avis e lá próximo
terça-feira, abril 12
Presta-se aqui uma homenagem
segunda-feira, abril 11
Furto de Cobre no Concelho
Diário Notícias
sexta-feira, abril 8
Porque há por aí muitos À solta
sexta-feira, abril 1
Dia das mentiras
segunda-feira, março 28
Remo em Avis
quarta-feira, março 23
Cá por Avis tem o meu Apoio
segunda-feira, março 21
Censos 2011
a página
http://www.censos2011.ine.pt
Foi abaixo o servidor, não aguentou, como já era expectável.
Acontece sempre ainda para mais quando massificam a informação a dizer que tem de ser preenchido no dia de hoje!
Podem explicar é Referência hoje, preenchimento até dia 10 de Abril na página de internet.
Isto é assim semelhante ao ar de surpresa de um senhor do INE por causa dos burlões...
Ninguém faria crer que tal fosse acontecer.
Mas esta gente vive toda debaixo de pedras?
domingo, março 20
Ditaduras e a preocupação com os cidadãos de nome petróleo
Em 40 anos de regime do sr. 'KáDáFi' este mês descobriram que os poços de petróleo não estavam em liberdade, que os cidadãos... esses que ardam.
Então vá de fogo para cima, à comunidade internacional basta-lhe salvaguardar os direitos e garantias na zona leste do país, (curiosamente onde há petróleo)
Mas uma vez que o Sr. Alm. da U.S. Navy, razão o povo...
Presumo que ainda esta semana ataquem os seguintes países onde os cidadãos vivem oprimidos:
- República Popular da China
- Coreia do Norte
- Myanmar
- Angola
- Cuba
- Venezuela
- Somália
- Sudão
- Zimbabwe
- Irão
- Paquistão
- Camboja
- Vietname
Tudo estados Livres e melhor... alguns deles com Petróleo!!!
terça-feira, março 15
15 de Março de 1961
Atenção que as imagens, são reais, assim como o foram o massacre indiscriminado de colonos e trabalhadores bailundos.
Tudo em nome de sabe-se lá bem o que..
O que ficou não foi nem para uns nem para outros.
Angola - Março de 1961
Ligação à página 'dembos' com imagens e resenha histórica
Quitexe - Angola - Março 61
Ligação ao portal Ultramar dos Veteranos da Guerra, site que visito com muita frequência, grande espólio de informação.
Memória de Angola
Página com testemunho pessoal da angola da década de 50 à de 70.
Relembro uma vez mais que as ligações acedem a imagens de extrema violência, pois a história infelizmente é assim.
Fica aqui da minha parte uma homenagem a todos que simplesmente viviam em busca de felicidade tombaram nestes dias à mercê de uns quantos loucos!
segunda-feira, março 14
Lenda do Pastor da Corrente de Ouro
Lenda do Pastor da Corrente de Ouro
Ouvi esta lenda do Alentejo em pleno Alentejo. Nasceu em Benavila e tem quase tanto tempo como essa mesma vila alentejana.
A ocupação leonesa tomara conta deste belo rincão, onde o calor encontrara arvored...o que o impedisse de malfazer, e o frio lenha bastante para suavizar a sua rude presença.
Nesse tempo — há muitos anos, muitos anos — existia em Benavila — então chamada Boena Vila — um espanhol poderoso chamado Gonzalez Butrón. Perto deste castro havia um outro ocupado por um fidalgo português, D. Pedro de Miranda, que viera da província de Entre-Douro-e-Minho e aí se casara com uma jovem da Casa de Guevara, rival da de Butrón. Desse casamento nascera uma filha, a formosa Madalena, que era o encanto de quantos tinham a dita de a ver de perto.
Madalena foi crescendo. Não saía dos seus domínios, visto que os de Butrón não podiam ver os de Guevara, especialmente o seu chefe, D. Pedro de Miranda. Para evitar distúrbios, estas famílias evitavam-se, crentes que mais tarde ou mais cedo uma delas teria de abandonar a terra. Ora D. Pedro de Miranda, ciente disso, fez constar a Gonzalez Butrón que a terra onde se viera instalar pertencia aos Portugueses e, portanto, seria razoável que procurasse abrigo fora das fronteiras de Portugal. E esse conselho caiu em casa dos Butrón como um raio devastador. Então, Gonzalez formou o seu plano.
A tarde começara, com todo o seu cortejo de sol e sombra. Madalena espreitava o campo através das frestas das janelas do pátio coberto. Esperava alguém. Vigiava o exterior e o interior do solar. Receava ser vista por sua mãe, pois sabia que não tinha ordem para permanecer ali sozinha. Mas Madalena — com doze anos apenas — amava em silêncio um jovem de quinze anos, pastor rico mas sem pergaminhos. Todas as tardes, ao descer com o gado da serra, desviava a sua rota para vir falar à sua princesa encantada. E toda a sua ambição era alistar-se para ganhar fama nas guerras.
José, o pastor, surgiu no cimo da serra. Parecia apressado. Madalena sorriu, notando a sua pressa. Desceu furtivamente até ao portão. Colocou um xaile grosseiro sobre os ombros. E misturando-se com as raparigas que vinham do trabalho do campo, saiu para o terreiro.
Quando o pastor se aproximou da árvore atrás da qual se escondera, Madalena saiu-lhe ao caminho. José perguntou:
— Onde está o teu pai?
Parecia aflito. Madalena sorriu-lhe gaiata.
— Não te apoquentes... Está para o campo. Só deve vir quase à noitinha.
Ele pareceu ainda mais inquieto.
— É isso mesmo!
— O quê?
José não sorria, não beijava as mãos da sua menina. Segredou-lhe:
— Vai para dentro! Vim avisar-te de que tenho um assunto grave a tratar esta tarde.
Foi a vez de ela se inquietar.
— Que assunto?
— Os de Butrón preparam uma cilada ao teu pai...
— Onde?
— Para lá da ponte. Quero avisá-lo!
A menina juntou as mãos. Implorou:
— Então vai depressa, José! Vai depressa... mas que eles não te apanhem também!
— Eles não sabem do nosso segredo. Ninguém o conhece. Só nós os dois!
— Então vai!
— Até amanhã! Não saias de ao pé da tua mãe, nem que venham dizer-te que teu pai te chamou!
E José partiu correndo. E a menina entrou em casa chorando. Tirou o xaile grosseiro e pretextou uma indisposição para justificar a sua angústia.
A uns duzentos metros da ponte, José surgiu no caminho, metendo-se quase debaixo das patas do cavalo de D. Pedro de Miranda. O fidalgo estacou. Os dois servidores que o acompanhavam rodearam José. E o fidalgo perguntou, surpreendido:
— Que queres de mim?
José não perdeu tempo com rodeios.
— Senhor! Venho avisar-vos de que a uns vinte metros da ponte está preparada uma emboscada para vos matarem!
D. Pedro franziu as sobrancelhas, enrugando a testa tostada pelo sol.
— Uma emboscada? Preparada por quem?
— Bem o sabeis, senhor!
— Pelos de Butrón?
— Esses mesmos!
— E como o soubeste?
— Fui lá vender queijos e lã. Sou amigo de um dos servidores da casa. Ouvi umas coisas suspeitas... e consegui saber toda a verdade.
— E porque me vens avisar?
Pela primeira vez, José mostrou-se perturbado:
— Senhor, eu... Bem vê...
O outro interrompeu-o:
— Conheces o Butrón melhor do que a mim!
— Sou português, senhor… e vós estais em perigo!
D. Pedro de Miranda ordenou a um dos seus servidores:
— Desmonta e vai verificar, a pé, se este rapaz fala verdade. Despacha-te!
— Se demorais, eles podem vir até aqui. E são alguns dez!
D. Pedro meneou a cabeça.
— Acredito em ti, rapaz! Daremos a volta pelo lado do poente. É mais uma hora de caminho. Depois avisarei o nosso rei. Ou tomo uma desforra... ou eles terão de ser expulsos!
Pouco tempo depois, o criado voltava, confirmando a emboscada. Num ar galhardo de fidalguia, D. Pedro tirou do peito uma corrente de ouro e colocou-a ao pescoço do jovem pastor, dizendo-lhe:
— Vai! Hei-de compensar-te melhor!
— Senhor, de nada mais preciso senão da vossa simpatia! O gado que apascento é meu. A casa onde habito é minha.
— Pois bem! Se algum dia precisares de mim, basta que abras a camisa e mostres essa corrente de ouro. Volta em paz para a tua casa.
— Que Deus vos acompanhe, senhor!
O Sol vinha descendo no horizonte. Mas a luz ainda era forte. D. Pedro deu rédeas ao cavalo e seguiu na direcção do poente.
Três anos passaram. O senhor de Butrón acabou por vender os terrenos em Benavila e comprar um castelo em Achorroz. Mas quem comprou a casa de Butrón foi um sobrinho de D. Pedro que regressara da guerra contra os infiéis. Logo D. Pedro pensou casá-lo com sua filha Madalena. E porque ela era bonita, também seu primo logo ficou apaixonado. Porém, Madalena amava José. Era-lhe impossível dar o seu coração a outro que não fosse o jovem que deixara de apascentar rebanhos e viera também da guerra com o posto de alferes.
Deste amor só o confessor de Madalena tinha conhecimento. E então, a pedido da jovem, que chorava dia e noite, o sacerdote conseguiu que o bispo não concedesse a licença de casamento necessária, invocando o próximo parentesco entre Madalena e seu primo. Parecia salva a situação. D. Pedro ficara furioso e fizera novo pedido. Porém, seu sobrinho — homem de poucos escrúpulos — julgou que arranjara outro meio para obter licença. E se bem o pensou, melhor o fez.
O Inverno chegou com todo o seu cortejo de sombras, chuva e ventania. Dobravam-se as ramadas das árvores, gemendo doloridas. Uivava o vento num desespero incontido, levando na sua frente a chuva, que ia e voltava, dançava e caía com fragor. O vento não se limitava a correr num sentido: fazia remoinho, como um louco que não sabe o que quer nem para onde vai.
A noite tornava ainda mais lúgubre esse quadro de invernia. Alguém comunicara a Madalena que o primo lhe rondava a porta, mesmo depois de se ter despedido para se ir deitar. A jovem fechara-se à chave, única forma de se isolar. O vento continuava zumbindo. E foi ainda o vento que lhe trouxe aos ouvidos uma ária muito sua conhecida: a canção predilecta de José. Mas a canção não tinha o ritmo alegre que ele lhe costumava dar. Era como um lamento, um pedido de alerta, que vinha de bem perto!
Madalena, com o coração batendo fortemente, abriu a janela. No varandim estava José. A jovem recuou.
— José! Que fazes aqui?
— Venho prevenir-te de que o teu primo possui uma chave do teu quarto e acaba de reentrar em casa.
— Uma chave? Mas quem lha deu?
— Não sei. Mandou-a fazer por outra que alguém obteve. Foi hoje buscá-la.
— E que pretende?
— Entrar neste quarto e comprometer-te, para teres de casar com ele!
Madalena levou as mãos ao rosto.
— Meu Deus! Se isso é verdade...
— Verás que não tarda aí!
— Que hei-de fazer, então? Se te vêem aqui...
— Foge comigo pela janela! Tenho uma corda por onde subi. Descerei contigo!
— Mas é muito alto!
— Eu sei. Mas saberei segurar-te.
— E para onde me levas?
— Para um convento. De lá comunicarás com teu pai e contar-lhe-ás o sucedido.
— E se ele não acreditar?
— Escolherás o melhor caminho.
Junto à porta, Madalena sentiu os passos de seu primo. Horrorizou-se e pediu a José:
Vamos descer! Prefiro ficar no convento para sempre, a ser esposa de um homem a quem detesto!
Não havia tempo a perder. José pegou em Madalena e começou a descida.
Com vagar, a chave rodou na fechadura do quarto de Madalena. Um homem abriu a porta e entrou. Não havia luz, mas a janela aberta batia com o vento. O homem chamou baixinho:
— Madalena! Madalena!
Como ninguém respondesse, correu à janela. Olhou na escuridão. Uma corda forte pendia e redemoinhava enquanto o par descia apressado. O homem compreendeu o que estava acontecendo. O ciúme e o desespero tomaram-no. Então, puxando pela espada, cortou a corda de um só golpe. No meio da tempestade, um grito de horror soou mais alto. O par enamorado acabava de encontrar a morte na queda violenta!
O vento rugiu mais forte ainda. Os cães uivaram. Acordaram as gentes da casa. O assassino fugiu. Porém, ao fugir, esbarrou na escada com D. Pedro. Este perguntou:
— Que fazes aqui?
— Venho de impedir uma fuga!
E empurrando o tio, abalou porta fora e nunca mais foi visto.
D. Pedro subiu as escadas, correndo para o quarto da filha. Lá em cima, a porta escancarada, a janela a bater. Acendeu uma luz. O aposento estava deserto. Foi à janela. Chamou:
— Madalena! Madalena!
De súbito reparou na corda cortada e um pensamento horroroso fê-lo correr até ao fosso do castelo. E aí viu dois corpos enlaçados. Dois corpos sem vida, jorrando sangue. Gritou:
— Tragam-me aqui Madalena e o outro! Quero saber quem é!
Depressa trouxeram os corpos ensanguentados, olhos abertos num espanto. Taparam o rosto de Madalena, para que D. Pedro o não visse, tão dilacerado estava. Mas quando o castelão se debruçou sobre o outro corpo, com uma luz que dificilmente se conservava acesa, no peito do morto viu uma corrente de ouro bem sua conhecida.
Levou as mãos ao rosto e ficou assim à chuva e ao vento, até que o obrigaram a regressar a casa.
Poucos dias depois, no mesmo local onde o par enamorado encontrara a morte, D. Pedro mandou erguer uma cruz com a seguinte inscrição: «José e Madalena. Rezem um padre-nosso por suas almas.»
domingo, março 6
Eurovisão terá finalmente qualidade
Que pela primeira vez tem fortes probabilidades de vencer o festival Eurovisão da Canção
Por mim já ganharam!
quarta-feira, março 2
sexta-feira, fevereiro 25
Internet vs Tribunal vs País do Conhecimento
sexta-feira, fevereiro 18
+ Internet
Sugestão TeK: Conhecer os jogos que a indústria "abandonou"
"Abandonware" é o termo usado para designar software que as empresas deixaram de distribuir comercialmente ou de dar suporte, acreditando-se que pode ser utilizado livremente. O termo foi inventado em meados de 1997 e desde então tem somado adeptos e ganho um número considerável de sites que reúnem e partilham este tipo de materiais.
A designação engloba todo o tipo de programas informáticos, mas hoje propomos-lhe apenas uma visita por alguns dos principais sites dedicados aos jogos dos quais a indústria desistiu, e onde poderá recordar títulos que já não se conseguem encontrar nas lojas.
.... (continua no site)
quarta-feira, fevereiro 9
Lince - conversor para a nova ortografia
quarta-feira, fevereiro 2
Parabéns para o Vitinho
A televisão funcionava de uma maneira diferente de hoje em dia.
terça-feira, fevereiro 1
E por terras de Avis
As presidenciais por cá obtiveram os resultados esperados.
E o dia a dia vai correndo.
terça-feira, janeiro 18
+ Internet
SERGEY LARENKOV
Link to the past é o título e mistura fotos actuais com modernas elementos de umas e de outras.
Tá catita